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terça-feira, 31 de maio de 2011

Alívio?

Olá a todos! 

Como vocês bem leram no post anterior, eu estive bem triste. 
Esses últimos dias foram uma loucura pra mim. Sábado, dia 28, eu saí com uns amigos, numa tentativa de melhorar meu humor, dar algumas risadas. Fomos ao shopping e depois fomos para um lugar que alguns gays e lesbicas vão. Já comentei sobre esse lugar aqui no blog, o tal do paraíso que falei no post "Mais uma revolução". 

Fui para esse lugar, conversei com meus amigos, o que foi ótimo. Lá, resolvi ligar para minha mãe e avisar que eu ia chegar mais tarde, e já eram 10 horas da noite. Ela me disse pra mim voltar naquele momento, porque meu pai estava “discutindo” com ela sobre eu estar “livre” demais. Fui imediatamente pra casa e quando cheguei lá, meu pai só me disse: "Essa sua vida “boa” vai acabar". Ele quis dizer que eu ia parar de sair de casa, aparentemente. Fiquei chateado, mas não falei nada. No outro dia, pela manhã, minha mãe aproveitou para conversar comigo, já que meu pai não estava em casa. Ela, mais uma vez, me perguntou sobre minha orientação sexual, até que eu resolvi contar logo pra ela. 

Sim, eu contei a minha mãe que eu sou gay. 

Não foi a situação ideal. Agora, olhando para trás, vi que minha mãe me arrancou do armário! Não foi algo fluido, natural. Ela não esperou eu estar pronto e seguro para falar. Pelo contrário, nos últimos meses ela perguntou claramente se eu era gay ou não, e sempre com um tom meio agressivo. Vi que na hora houve um choque “intenso” nela. Ela começou a chorar, mas não passou disso. Mais uma vez fui abatido pela sensação de ser um peso, de causar sofrimento...

Estamos meio estranhos até agora, contando que isso aconteceu ontem. Procuro não olhar muito nos olhos dela, manter a calma, não demonstrar aflição. Até porque meu pai ainda não sabe. E quando ele souber, acho que a reação dele vai ser ainda pior. 


Apesar de ver minha mãe chorar, não podia fazer mais nada. Não aguentava mais viver fugindo e mentindo, preferi contar logo a verdade e acabar com as desconfianças. E tenho orgulho por ter falado pra ela, ainda que sob pressão, pouco tempo depois da minha primeira experiência gay. Não sei o que eu tenho que lidar no futuro, um futuro não tão distante, mas eu só sei de uma coisa: Deus não comete erros! Sei que ele estará comigo! Espero ter forças para suportar o que vem pela frente. Já me sinto um vencedor, pois tenho amigos com 18 e até 19 anos que não se assumiu para a mãe. Com 15, eu já tive a coragem. Espero estar vivo no meu aniversario de 16 anos próxima semana, rs

Beijos a todos e me desejem sorte!

Um comentário:

  1. Olá, Amigo!

    Tenha muita paciência para com os seus pais. A reação deles, por mais dolorosa que seja, não quer dizer que eles deixaram de amar Você. Eles precisam de tempo para refolmular certos conceitos que cultivaram a vida toda. E quanto mais Você consiga demonstrar o carinho por eles e a própria tranquilidade (felicidade), isso vai servir para amenizar os efeitos do "choque" que, de certa forma, foi inevitável. Se eles estiverem dispostos a ouvir (ler, conhecer), recomende-lhes o site do Grupo de Pais de Homossexuais:

    http://www.gph.org.br/home.asp

    Um abraço e BOA SORTE.
    Como Você mesmo diz, Deus está e estará contigo.

    Ah! FELIZ ANIVERSÁRIO!

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