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terça-feira, 19 de julho de 2011

I need a vacation tonight

Hello everybody!


Fiquei esse tempo sem postar porque nada de muito importante tem acontecido na minha vida. Entrei de férias da escola essa semana, estou descansando bastante, me dedicando mais a coisas que, durante as aulas, não fazia com freqüência. Estou procurando diversão por aí, mesmo sendo inverno, ou melhor, uma pequena estação chuvosa, aqui no Brasil. Esses últimos dias foram muito puxados, muitas provas na escola, apenas. 

A escola vem acabando comigo, mas tudo bem! Tudo em nome do futuro, né? Eu acho estranho eu ter esse senso de responsabilidade com o meu futuro tão aflorado, acho que desde 2008 eu venho nessa jornada de estudos, mas fazer o que? Passar em medicina é muito difícil e eu não me imagino fazendo outra coisa.

E era exatamente sobre isso que eu quero falar um pouco com você. A pressão para sermos alguém, para termos um nome. Até que ponto isso é saudável? Será que realmente estamos aptos a escolher o que seremos da vida tão cedo, tão jovem? Os jovens de hoje estão adoecendo! As escolas adoecem os alunos, querendo ou não. Principalmente escolas como a minha, que sugam até a última lágrima do aluno. Claro que tudo isso tem um propósito, e eu sou muito grato por estudar no IF, mas é algo delicado, algo que precisa ser mais conversado e debatido. Agora que estou de férias, sinto o alívio de ter como respirar e ser um adolescente normal, embora eu me sinta culpado por não estar estudando. Esses dias descobri que os coreanos passam 16 horas na escola! Me sento péssimo, mas eu sei que preciso me cobrar menos e fazer outras coisas da vida. Me vi em momentos e situações em que, nos meus já escassos tempos livres, eu estava estudando! Lendo sobre física, astronomia, teoria da relatividade, mecânica quântica, etc. Tudo bem, é algo que me dá prazer, mas enfim, eu sinto que preciso ir além disso! 

Enfim,

Tenho uma coisa para contar a vocês! Eu sei que não é mais novidade para muitos Brasileiros, mas na TV aberta daqui esta passando uma telenovela, e nela existe um casal gay! Eu fico feliz com isso, assim podemos abrir mais a mente da população em relação a homossexualidade. Só fiquei desconfortado quando vi uma noticia que, na novela, vai haver um assassinato. Vários jovens, homofobicos, se juntam para bater em um homossexual. Eles vão bater nele até a morte. Sei que isso é uma realidade, mas tenho medo da minha mãe, e muitas outras mães, ficarem com mais medo, digamos assim, pois todos sabem que todo homossexual corre o risco de sofrer esse tipo de coisa. Bom, vamos ver no que vai dar!



Bom, quero aproveitar e agradecer as pessoas que estão a visitar meu blog e queria comentar um pouco sobre os comentários da minha ultima postagem! Aí vai:
  • James: Eu sei bem como é isso. Já passei por esse tipo de coisa e disse a mim a mesma coisa, que não iria conseguir me apaixonar de novo. De certa forma, isso se concretizou, pois enquanto eu estava namorando, eu não estava totalmente apaixonado. Vim perceber que estava apaixonado por ele quando rompemos. Mas agora eu sei, já aprendi a lição! Nós vivemos e aprendemos certo?! Obrigado por esta lendo o meu blog! Agora que estou de férias, estou a ler bastante teu blog. Muito obrigado! Cheers!!
  • Henry Hiddenhawk: Awn, obrigado pela força! Eu realmente fiquei com medo de me tornar amargo, mas eu estou de bem comigo mesmo. Desde o inicio eu sabia que ia passar e, agora, eu estou certo disso! Obrigado e abraços!
  • Fábio Mariz: Obrigado por gostar do meu blog! Sou fascinado por moda e já estou seguindo teu blog! Abraços!

Bom gente, por hoje é só! Amem a a vocês mesmos e, então, vocês estarão seguros! Beijos ;*

sábado, 9 de julho de 2011

Back In The Day 2/2

Eu, sempre desastrado, esqueci de pôr um título na minha ultima postagem. Vamos fingir que lá tem: The Beginning – Parte 1! Enfim, estou aqui para continuar o que eu estava falando. Antes, vendo o comentário do Bruno Galindo, no meu ultimo post, vi que ele falou que não teve aquela fase de aceitação, enfim. Gostaria de deixar claro que foi muito difícil ter que conversar, falar isso para a minha mãe. A primeira semana foi horrível, pois ela estava sempre chorando, com um ar de tristeza em seus olhos. Ela tinha e tem medo até hoje da reação do meu pai. A propósito, não, o meu pai ainda não sabe. Claro, ele desconfia, mas ainda não falei a ele sobre a minha sexualidade. Bruno, eu também tenho 16 anos, e muita coisa aconteceu também só nesse ano. Eu me aceitei, eu namorei, eu assumi para a minha mãe e alguns amigos mais próximos. Foi tudo muito rápido. Creio que nenhuma mãe ou nenhum pai vai se sentir confortável, orgulhoso. Mas eu tive que obrigar minha mãe a aceitar isso. Demorou, deixei fluir e o dia chegou. As vezes eu penso que não tem necessidade de eu falar pro meu pai, penso em dizer só quando estiver livre, independente, aí sim. Vou deixar o tempo passar e ver o que fazer.

Bom, agora vamos ao que interessa. A continuação. Parei dizendo que no fim de 2010 eu tive uma conversa com minha mãe. Queria corrigir um fato, uma correção grave. Não foi no fim de 2010, e sim no fim de 2009.

Logo após essa conversa, eu fiquei muito mal. Lembro-me que saí do quarto da minha mãe, tranquei-me no meu quarto e comecei a chorar, a perguntar a Deus o porquê dele ter me feito assim, essas coisas. A partir desse dia, eu coloquei na minha cabeça que iria ser um garoto normal, me comportar como um garoto normal, essas coisas. Estava indo tudo bem, até que aconteceu uma coisa muito ruim. Eu passei a gostar de um garoto da escola. Eu, que até então me orgulhava dizendo que nunca havia me apaixonado por outro garoto, me vi nessa situação. E o pior, o garoto era heterossexual. Mas é aquela coisa, ele era hetero quando estava rodeado por outras pessoas, quando estava comigo, ele era estranho. Me encarava, tirava brincadeiras do tipo: ah, eu sei que você me ama. Por sinal, eu fiz um post dedicado a isso aqui no blog. Chama-se “Meu primeiro amor”. Até hoje sinto uma tristeza em pensar que o primeiro garoto que eu me apaixonei, fosse hetero. Chegou o fim do ano de 2010, entrei de férias da escola, que foi muito bom pois eu esqueci de vez esse garoto. Enfim, mais ou menos nessa época, entre outubro ou novembro de 2010, eu tive uma conversa que mudou a minha vida. Voltei a falar com meu melhor amigo, que havia me distanciado por quase 1 ano. Por ele ser gay, me distanciei, na época que decidi tentar ser um garoto normal. Até hoje levo nas costas essa culpa, de ter abandonado meu amigo por causa disso. O bom é que voltamos a nos falar e ele me aconselhou, falou para eu me aceitar porque senão eu ia perder muito tempo fingindo ser uma pessoa que eu não sou. A partir desse dia, eu joguei tudo aqui pro ar. 2011 chegou. Foi aí que eu comecei a pensar, peraí, eu posso ser feliz do jeito que eu sou. Me assumi para mim mesmo. Nessa altura, já era um grande passo. Criei o blog, passei a freqüentar novos lugares, entre fevereiro e março, conheci novas pessoas, novos amigos. Em abril, tive meu primeiro namorado. Por sinal, falei dele aqui em alguns posts. Não posso chamar isso de namoro, porque durou apenas algumas semanas. Acho 3 semanas. Nós fomos nos distanciando, ele parou de falar comigo, eu, por orgulho, também não falava com ele. Hoje, não me conformo porque sei que foi tudo culpa minha, eu não disse que o amava, eu não dei atenção a ele. Foi na época das postagems: “Grito de Socorro” e “I’m Sad... Again”. Foi muito ruim saber que a culpa era toda minha.


Pronto, agora cheguei onde estou agora. Logo após derramar lágrimas, ter ficado em depressão de novo, eu estou bem melhor. Consegui sobreviver, de novo, a uma pessoa. Prometi a mim mesmo não cometer o mesmo erro, expressar mais o que eu sinto. Também prometi não depositar minha felicidade na mão de outra pessoa. Estou de bem com minha mãe, muito bem em relação a todas essas conversas. Estou indo bem na escola. Confesso que ainda me flagro pensando nesse meu “ex-namorado” mas sei que isso logo vai passar. Estou numa fase neutra. Explorando novos lugares, novos assuntos. Me divertindo mais, me dedicando a arte, música, moda, estou compondo, cantando, dançando, enfim. Meu medo é de se tornar uma pessoa amarga. Depois de tanto sofrimento, eu tenho medo de não me apaixonar mais. Esse é o meu único medo. Mas sei que vou superar isso!

Ufa! Me sinto aliviado compartilhando isso com vocês! Muito obrigado pela atenção e até a próxima! Beijos a todos e se cuidem. Expressem, sintam o momento, amem vocês mesmos!
Até...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Back In The Day 1/2

Olá gente! Cá estou eu de volta!

Estava ontem, dando uma olhadinha no blog do Elijah cliquem aqui  e eu vi que ele e o seu garoto, James, criaram um blog, juntos, para dizer o que eles pensam, e vi algumas postagens falando sobre como eles se descobriram homossexuais. Lendo os textos, percebi que nunca falei para meus leitores algo sobre a minha vida, como eu me descobri, quando eu me aceitei, etc. Esse post será dedicado a isso.



Tudo começou em 2007. Eu tinha 12 anos e notei que tinha algo errado comigo. Nessa época, entrou uma garota nova na minha escola, a chamarei aqui no blog de Natalia. Logo no tornamos amigos, descobri que assim como eu, ela também gostava da Britney Spears, e outras cantoras pop também. Passamos a estar sempre um na casa do outro, as vezes me flagrava lendo revistas sobre garotos com ela, essas coisas. A Natalia sempre estava lá para me apoiar. Minha mãe até achava que namorávamos. 

Ainda em 2007, eu conhecia uma garota da escola, de outra turma e nós meio que namoramos. Eu gostava muito dela, pensava muito nela, mas eu era uma criança, então acho que não vale. Acabamos esse namorico de criança. Lembro-me que parei para pensar se tudo que falavam sobre mim, quando  alguns colegas de classe me chamavam de gay, e resolvi pesquisar. Descobri sites com temática gay e foi aí que eu realmente tive a certeza de que eu gostava de garotos. Até aí, eu tinha a certeza que eu gostava de garotas, eu nunca iria aceitar uma coisa dessas. Nunca fui de olhar para outros garotos da escola, não via nada demais neles. Achava bonito os garotos da TV, com 10 anos eu assistia shows da Britney na TV e eu achava seus dançarinos bonitos, mas eu achava tudo muito normal. Em 2008 eu tive que mudar de escola e abandonei minha amiga Natalia. 

Na nova escola eu conheci outra amiga, irei chamá-la de Carol. Eu desconfiava que ela fosse lesbica. Nossa amizade foi e é até hoje muito importante para mim. Na nova escola, não posso dizer que sofria bullying de fato, mas algo era estranho. Eu era muito reservado, não andava com o grupo de garotos, enfim. Algo era diferente. O tempo foi passando e quase no final de 2008 eu fiquei deprimido justamente por me sentir, de certa forma, excluído. A Carol sempre foi um suporte muito grande. Nessa época eu ainda olhava, achava os homens da TV bonitos, mas eu me orgulhava em dizer que nunca havia me apaixonado por outro garoto. 

Depois que a tristeza passou, em 2009, voltei a estudar com a Natalia. Dessa vez, estudamos juntos em um curso preparatório para o Instituto Federal, uma escola de ensino médio que é, como o nome diz, federal, sendo referência em ensino e tecnologia. É necessário prestar uma prova e, obviamente, ser aprovado em um número limitado de vagas. Por isso o curso preparatório. Passei o ano de 2009 estudando feito um louco, em uma preparação que já havia começado no ano anterior, em 2008, para entrar na melhor escola do meu estado aqui no Brasil. Acho que em termos de estudo eu sempre busquei isso: o melhor. Seria essa a escola que me faria realizar o meu sonho de ser médico.

Durante esse ano, eu estava muito ocupado estudando, as coisas na escola melhoraram. Fiz mais amigos, me aceitei mais, estudei mais. Acho que esse ano foi um dos melhores da minha vida. Devido a os estudos, me distanciei de muitos amigos, inclusive o meu melhor amigo, que, graças a Deus, voltei a ter amizade. Após passar no concurso, eu já havia mudado muito. Havia crescido e amadurecido muito. No fim de 2010, eu tive a primeira conversa sobre homossexualidade com minha mãe. Meu tio avô tem um cunhado gay e esse cunhado dele comentou com ele que eu tinha jeito de gay, essas coisas. Minha mãe ficou sabendo e veio perguntar a mim. Eu neguei até a morte. Disse que era muito jovem para isso, que gostava de garotas, essas coisas. A partir desse dia, minha vida virou um inferno, digamos assim...

Queridos, não vai dar para colocar tudo nesse post, espero poder colocar o resto da historia em mais um post. Daqui a uns 4 ou 5 dias a próxima parte estará disponível aqui.

Gostaria de agradecer mais uma vez a os meus leitores, me sinto muito honrado em poder contar isso para vocês. Agradecer a outros integrantes do mundo dos blogs. O Elijah, que no inicio de tudo, me deu forças para continuar postando, ao Teleny que sempre esta por aqui me dando mais estima. Obrigado a todos!

Para lembrar, na próxima parte, vou dizer também a minha situação atual, depois de ter acabado o namoro, e tudo que tem acontecido!

Beijos e até a próxima