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segunda-feira, 13 de junho de 2011

I'm Sad... Again

Olá!

Esses últimos dias têm sido tão difíceis para mim. Não quero fazer tanto drama, muito menos que sintam pena de mim, tento todos os dias refletir que existem outras pessoas passando por situações bem piores, mas é que realmente me sinto péssimo. Mesmo tendo me assumido pra minha mãe, as coisas ainda parecem estranhas. Ela ainda está fria comigo, digamos assim. Pelo visto é melhor eu me acostumar com isso.

Muitas outras coisas aconteceram ao mesmo tempo. Desde o ultimo domingo, dia 5, que eu fugi do caos que estava em casa e fui para uma boate e encontrei um garoto que já havia "ficado". Já falei sobre ele aqui, mas um detalhe que eu esqueci completamente de falar: ele foi o primeiro rapaz que eu fiquei! Não vou mentir que no fundo senti minhas pernas tremerem, uma certa palpitação, sei lá, nos abraçamos, enfim. Acho de desde esse dia, eu não estou tão normal. Primeiro porque foi eu que me afastei dele sem sequer dar satisfação. Aí agora, que vi ele indiferente para comigo, fiquei arriado. Acho que eu sinto falta de ter alguém, só isso. Sinto falta da atenção, das mensagens todo dia de manhã no meu celular, a forma que ele me deixava bem. Acho que no fim das contas eu sou carente de atenção. Eu tentei falar com ele pelo MSN, mas vi que ele já não me trata mais da mesma forma. Fiquei muito triste. Será que eu sou do tipo de pessoa que precisa perder para dar valor? Porque foi eu que me afastei do nada dele.

Para completar, como eu já disse, não estou muito bem com minha mãe. Estamos constantemente brigando, discutindo. Isso quando ela não está fria comigo. Ainda não chegamos a um acordo, e, pelo que parece, ela ainda não aceitou o fato de eu ser gay. Justamente por isso que eu sinto falta do garoto, porque acho que só ele poderia me “salvar”, e é péssimo eu achar que alguém tem que ter essa responsabilidade. Poxa, eu mesmo tenho que me salvar! 

Enfim, eu não estou indo muito bem em nada. Na escola também está bem difícil, com o fim do semestre, provas, a pressão (e auto-cobrança) na escola, para ser alguém na vida. 


Mais uma vez eu estava chorando pelos corredores da escola. Aquele pensamento de que nada mais importa. De que se eu morresse, seria melhor para todos. Para minha mãe, que não precisaria sofrer em relação a minha homossexualidade, enfim. Me sinto tão imaturo por pensar dessa forma. Uma criancinha no jardim de infância. 

Eu acho estranho porque eu escuto tantos meus ídolos. Lady Gaga e Madonna, por exemplo, que escrevem minha vida em suas canções (rs), que falam para os seus fãs não ficarem tristes, e eu ainda continuo com pensamentos assim. Foi pensando nisso que eu resolvi tentar me reerguer. Se vocês me perguntarem se eu estou feliz, a resposta é não. Procuro me concentrar em coisas que me deixam feliz, como música, meu futuro, enfim. Estou a cada dia tentando ser pelo menos um pouco feliz. No post “Grito de Socorro” eu disse que eu queria que as pessoas olhassem para mim e visse algo feliz, mas esta cada vez mais difícil. Depois de longas conversas com amigos, eu tento encontrar uma saída. Talvez encontrar saídas sejam inícios. Re-inícios. Sou muito novo, quantas tristezas ainda estão por vir? Tenho que amadurecer MUITO nesse aspecto. 

Nessa estrada solitária, eu continuo tentando achar meu lugar nesse mundo. Apenas não fiquei aí me observando morrer a os poucos. Eu tenho procurado forças dentro de mim. Espero conseguir.

Beijos a todos. Me desejem sorte O/

3 comentários:

  1. Não sei se Você gosta de ler, mas gostaria de lhe recomendar o livro de Augusto Cury "Vendedor de sonhos - o chamado" (é o 1 volume de uma série). Começa justamente com um homem prestes a acabar com a própria vida. Graças a Deus encontra alguém e desiste dessa ideia. Queria dizer que, obviamente, não tenho como estar dentro do seu coração, nem ao seu lado (a não ser virtualmente e pela oração), mas digo para Você com toda convicção do mundo que a vida tem que continuar e Você, com certeza, vai dar a volta por cima. Às vezes, quando a gente se prende muito em uma pessoa que não nos dá retorno, parece que tudo fica como que bloqueado. Talvez um novo olhar ao seu redor com a esperança de encontrar alguém que corresponda ao seu sentimento seja a solução. Quanto à mãe, tenha paciência. Se ela estiver irritada, melhor não entrar em atrito. É bom aproveitar momentos em que ela estiver bem tranquila. Pode ter certeza de que ela ama Você, mas talvez ainda não esteja pronta para aceitar a sua homosseualidade. Por isso Você pode tentar (por enquanto!) evitar o assunto e conversar sobre outras coisas. Você mesmo vai perceber a hora de voltar a falar sobre isso.

    Enfim, saiba que há gente torcendo e rezando por Você. Não deixa de escrever aqui!

    Abraço!

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  2. Não sei se você ainda acessa seu blog com frequencia, mas por acaso eu te encontrei. Não se preocupe por que no fim, tudo da certo. Não é facil sua opção de vida, mas se você teve coragem para se assumir, você ja deu um grande passo. Agora pense se foi dificil para você então, quanto ser adificil para aqueles que te criaram com todos esse conceitos que ate então existiam dentro de você?! tudo é fase, algumas duram mais que outras, mas o bom é que passam. Não é facil para você, assim como não é facil para outros, saiba que você não esta so nessa vida, existem muitor emuitos outros adolescentes, jovens, homens maduros que sofrem com sua opção. Procurem pessoas que se sentem como você, não é difícil de encontra-los, neles você poderar ter um apoio inicial e também podera apoia-los. Não precisamos estar sozinhos nas nossas escolhas e nem nos momentos difíceis.

    Se você chegou ate aqui... por que parar!?

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  3. Ah, muito triste ler isso... Mas nunca é fácil, eu também não escolhi ser homossexual, escolheram isso para mim sem antes me consultarem.
    Vi que seu último post foi quase exatamente há 1 ano atrás, mas se um dia passar aqui novamente, Lembre-se que Deus nos conforta sempre que precisamos, e com Ele tenho seguido o meu caminho, nunca contarei o que sou porque não me aceito, sei da verdade.
    Cada pessoa tem algo contra o que lutar, e nosso caso é parecido.
    Tenho 17 anos e um forte abraço com 5 anos de atraso. :)

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