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sábado, 9 de julho de 2011

Back In The Day 2/2

Eu, sempre desastrado, esqueci de pôr um título na minha ultima postagem. Vamos fingir que lá tem: The Beginning – Parte 1! Enfim, estou aqui para continuar o que eu estava falando. Antes, vendo o comentário do Bruno Galindo, no meu ultimo post, vi que ele falou que não teve aquela fase de aceitação, enfim. Gostaria de deixar claro que foi muito difícil ter que conversar, falar isso para a minha mãe. A primeira semana foi horrível, pois ela estava sempre chorando, com um ar de tristeza em seus olhos. Ela tinha e tem medo até hoje da reação do meu pai. A propósito, não, o meu pai ainda não sabe. Claro, ele desconfia, mas ainda não falei a ele sobre a minha sexualidade. Bruno, eu também tenho 16 anos, e muita coisa aconteceu também só nesse ano. Eu me aceitei, eu namorei, eu assumi para a minha mãe e alguns amigos mais próximos. Foi tudo muito rápido. Creio que nenhuma mãe ou nenhum pai vai se sentir confortável, orgulhoso. Mas eu tive que obrigar minha mãe a aceitar isso. Demorou, deixei fluir e o dia chegou. As vezes eu penso que não tem necessidade de eu falar pro meu pai, penso em dizer só quando estiver livre, independente, aí sim. Vou deixar o tempo passar e ver o que fazer.

Bom, agora vamos ao que interessa. A continuação. Parei dizendo que no fim de 2010 eu tive uma conversa com minha mãe. Queria corrigir um fato, uma correção grave. Não foi no fim de 2010, e sim no fim de 2009.

Logo após essa conversa, eu fiquei muito mal. Lembro-me que saí do quarto da minha mãe, tranquei-me no meu quarto e comecei a chorar, a perguntar a Deus o porquê dele ter me feito assim, essas coisas. A partir desse dia, eu coloquei na minha cabeça que iria ser um garoto normal, me comportar como um garoto normal, essas coisas. Estava indo tudo bem, até que aconteceu uma coisa muito ruim. Eu passei a gostar de um garoto da escola. Eu, que até então me orgulhava dizendo que nunca havia me apaixonado por outro garoto, me vi nessa situação. E o pior, o garoto era heterossexual. Mas é aquela coisa, ele era hetero quando estava rodeado por outras pessoas, quando estava comigo, ele era estranho. Me encarava, tirava brincadeiras do tipo: ah, eu sei que você me ama. Por sinal, eu fiz um post dedicado a isso aqui no blog. Chama-se “Meu primeiro amor”. Até hoje sinto uma tristeza em pensar que o primeiro garoto que eu me apaixonei, fosse hetero. Chegou o fim do ano de 2010, entrei de férias da escola, que foi muito bom pois eu esqueci de vez esse garoto. Enfim, mais ou menos nessa época, entre outubro ou novembro de 2010, eu tive uma conversa que mudou a minha vida. Voltei a falar com meu melhor amigo, que havia me distanciado por quase 1 ano. Por ele ser gay, me distanciei, na época que decidi tentar ser um garoto normal. Até hoje levo nas costas essa culpa, de ter abandonado meu amigo por causa disso. O bom é que voltamos a nos falar e ele me aconselhou, falou para eu me aceitar porque senão eu ia perder muito tempo fingindo ser uma pessoa que eu não sou. A partir desse dia, eu joguei tudo aqui pro ar. 2011 chegou. Foi aí que eu comecei a pensar, peraí, eu posso ser feliz do jeito que eu sou. Me assumi para mim mesmo. Nessa altura, já era um grande passo. Criei o blog, passei a freqüentar novos lugares, entre fevereiro e março, conheci novas pessoas, novos amigos. Em abril, tive meu primeiro namorado. Por sinal, falei dele aqui em alguns posts. Não posso chamar isso de namoro, porque durou apenas algumas semanas. Acho 3 semanas. Nós fomos nos distanciando, ele parou de falar comigo, eu, por orgulho, também não falava com ele. Hoje, não me conformo porque sei que foi tudo culpa minha, eu não disse que o amava, eu não dei atenção a ele. Foi na época das postagems: “Grito de Socorro” e “I’m Sad... Again”. Foi muito ruim saber que a culpa era toda minha.


Pronto, agora cheguei onde estou agora. Logo após derramar lágrimas, ter ficado em depressão de novo, eu estou bem melhor. Consegui sobreviver, de novo, a uma pessoa. Prometi a mim mesmo não cometer o mesmo erro, expressar mais o que eu sinto. Também prometi não depositar minha felicidade na mão de outra pessoa. Estou de bem com minha mãe, muito bem em relação a todas essas conversas. Estou indo bem na escola. Confesso que ainda me flagro pensando nesse meu “ex-namorado” mas sei que isso logo vai passar. Estou numa fase neutra. Explorando novos lugares, novos assuntos. Me divertindo mais, me dedicando a arte, música, moda, estou compondo, cantando, dançando, enfim. Meu medo é de se tornar uma pessoa amarga. Depois de tanto sofrimento, eu tenho medo de não me apaixonar mais. Esse é o meu único medo. Mas sei que vou superar isso!

Ufa! Me sinto aliviado compartilhando isso com vocês! Muito obrigado pela atenção e até a próxima! Beijos a todos e se cuidem. Expressem, sintam o momento, amem vocês mesmos!
Até...

2 comentários:

  1. Ah, Jake, já me cruzei com muitas pessoas na minha vida. Algumas delas também tiveram os seus maus momentos na vida. Aliás, acho que estás a par da história do Elijah. Mas tenho a certeza que verás que não tens razões para teres medo de não te apaixonares, o amor é algo que não se controla e simplesmente aparece ;) E se tu estás bem contigo mesmo, acredita, já é meio caminho andado para que alguém sinta o mesmo por ti, é uma questão de não se perderem as esperanças e de se manter o otimismo! ;)

    Aproveito ainda para dizer que gosto bastante do teu blogue :P E já sabes, se te sentires em baixo, tens bastantes amigos com quem contar aqui na comunidade, se estiveres melhor que nunca, não tenhas reservas em partilhar a tua felicidade! ;P

    Cheers!! =D

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  2. Se tornar uma pessoa amarga?
    Não... você não vai...
    Em breve ele te encontra... e amargo você nem vai conseguir ser...

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